24 de outubro de 2012

Dia após dia...

A verdade é que não sei mais o que esperar da vida. Aceito o que ela me dá, o bom e o mau, apesar de ultimamente não andar de braço dado com ela. Aguardo de forma ansiosa pelas quintas feiras de todas as semanas. Aguardo exultante fim-de-semana sim, fim-de-semana não.
Andar de cabeça erguida parece ser um esforço inglório. Aguardo os dias passarem. Passam semanas. Passam meses. Passarão anos.

Cá andarei enquanto puder, enquanto quiserem que ande.

20 de outubro de 2012

Ser pai

Não querendo fazer qualquer dissertação em relação a isso, a verdade é que cada dia que passa me sinto mais e melhor pai.
É impossível ficar indiferente a este sentimento que cresce de forma imparável. Inexplicável por palavras por mais que se queira.

A minha felicidade enquanto pai, extravasa tudo o que tinha pensado sobre isso antes de o ser. Nunca na vida pensei alguma vez poder dar a minha vida por alguém, mas hoje dá-lá-ía sem pensar duas vezes.

Ao ver amigos meus a passarem atualmente pela mesma felicidade, recordo que já passaram mais de dois anos e meio desde que esse raio de luz me tocou. É pouco tempo, bem sei, passa depressa, sem duvida, mas os momentos passados são indescritíveis para quem não tem o dom de os colocar em texto.

"Pai, desliga a televisão e vamos conversar os dois.", aos dois anos; "Pai, já não tenho paciência.", na mesma altura; "Pai, és chato.", um pouco antes; "Pai, gosto de ti até à Lua, ao Sol, à praia...", desde que me lembro, são pequenas frases que nos fazem sorrir com os olhos húmidos, que nos fazem pensar se somos merecedores de algo assim, de uma felicidade que não se explica mas que se sente, de uma alegria que não se toca mas contagia.

Perguntaram-me à dias se não gostava de ter mais filhos? Respondi com um sorriso e pensei para comigo "Mais um, mais dois, mais três...".

Amo-te até ao fim do universo, Rafael!